Marilyn leu Ulisses.
Marilyn encontrou nele um companheiro de personalidade:
Leopold.
Marilyn pensava; assim como também o pensava Leopold.
Marilyn via-se refletida em Leopold, assim como talvez
supusesse que ele também se via refletido nela.
Marilyn via em Leopold, assim como via em Ulisses, alguém
com os mesmos dramas.
Marilyn casou-se com Leopold, mesmo estando os dois em
tempos físicos diferentes.
Marilyn e Leopold compuseram, juntos, uma simbiose perfeita,
irreal e atemporal.
Marilyn sonhou: e, de seu sonho, Leopold a acordou.
Marilyn sofreu: e, em meio a seu sofrimento, buscou refúgio
nos braços de Ulisses.
Marilyn chorou com Ulisses, bem como também chorou com e por
Leopold.
Joyce veio consolar Marilyn, dizendo-lhe que Ulisses e
Leopold eram frutos de sua imaginação.
Marilyn não acreditou.
E, neste universo imagético, restou-nos apenas a memória e literatura.
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