sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Épicos de 60

Olá! Dando continuidade às postagens relativas às grandes produções do cinema, trago hoje aqui três filmes de grande importância no cenário mundial. Filmes que marcaram época e que até hoje chamam a atenção de um vasto público.

O primeiro deles é "El Cid", de produção ítalo-americana de 1961. Um drama épico-histórico dirigido pelo cineasta Anthony Mann. Conta com a participação de Charlton Heston, Sophia Loren, Raf Vallone, Geneviève Page e grande elenco. Parte do filme foi rodada no castelo de peníscola.


 
 



 
O filme apresenta a saga do lendário herói espanhol El Cid, que se notabilizou nas lutas contra os mouros no século XI. É a trajetória de Rodrigo Diaz de Bivar, mais conhecido como El Cid (Charlton Heston), herói espanhol que uniu os católicos e os mouros do seu país para lutar contra um inimigo comum: o emir Ben Yussuf (Herbert Lom). Esta longa jornada começou quando Rodrigo, um súdito do rei Ferdinand de Castella, Leão e Astúrias (Ralph Truman), liberta cinco emires que eram prisioneiros dele e por causa deste ato é acusado de traição. Don Ordóñez (Raf Vallone) o acusa inicialmente, mas na corte é o Conde Gormaz de Oviedo (Andrew Cruickshank) quem acusa duramente Rodrigo e humilha Don Diego (Michael Hordern), o pai de Rodrigo. 
 
Estes acontecimentos acabam provocando um duelo de Rodrigo com o Conde Gormaz, o campeão do rei. Rodrigo o mata, mas acontece que Gormaz também era pai de Jimena (Sophia Loren), a mulher que Rodrigo amava e com quem ele pensava em se casar. Mas, em virtude do acontecido, ela passa então a odiar (ou pensa que odeia) Rodrigo, seu antigo amor. Aproveitando este momento conturbado, Ramiro, rei de Aragão, exige a posse da cidade de Calahorra e sugere que ela seja disputada entre os paladinos de cada reino em uma luta até a morte. Então Rodrigo se apresenta para duelar pelo seu rei, pois ele havia matado Gormaz, o antigo paladino. Caso Rodrigo vencesse o combate contra Don Martin (Christopher Rhodes), que já tinha matado vinte e sete homens em combates corporais, seria perdoado pelo rei. 
 
Um filme grandioso e de grande importância para nós brasileiros, pois vai narrar uma parte da formação de Portugal como a conhecemos hoje. Tratará da expulsão dos mouros, os quais viviam ao sul da Península Ibérica, bem como procura mostrar a influência da cultura árabe na cultura ibérica.
 



Outro grande filme é "Lawrence da Arábia", de 1962. Produção britânica dirigida pelo grande cineasta David Lean, conta com a participação de Peter O'Toole, Omar Shariff e Alec Guiness, três grandes atores. Sua trilha sonora é assinada pelo compositor francês Maurice Jarre, que transformou a vida e a aridez do deserto, bem como sua imensidão, na mais bela jóia da música de orquestra.

O  argumento do filme basea-se na biografia de T. E. Lawrence (1888-1935), descrita no seu livro "Os Sete Pilares da Sabedoria". O filme explora a excentricidade e a personalidade enigmática de Lawrence.

Em 1916, em plena I Guerra Mundial, o jovem tenente do exército britânico estacionado no Cairo pede transferência para a península arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exercito britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a península arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a se libertarem dos turcos.

O filme mostra quatro episódios principais da vida de Lawrence durante a sua estada na Arábia: a conquista de Aqaba; o seu rapto e tortura pelos turcos em Deraa; o massacre de Tafas; e o fim do sonho árabe de Damasco.

Quando o filme estreou, continha 222 minutos. Devido às reclamações dos donos dos cinemas, o filme foi cortado em 35 minutos, passando para 187 minutos, para haver mais uma exibição diária. Só em 1989 é que foram restítuidos os 35 minutos que lhe faltavam.

A primeira escolha para o papel de T.E. Lawrence foi Albert Finney. Um desacordo de verbas fez com que escolhessem Peter O'Toole.

Inicialmente a trilha sonora seria composta por três compositores. Porém Maurice Jarre acabou ficando com todo o trabalho de composição da trilha, pela qual ganhou um Oscar.

Enquanto preparavam o material para as cenas da sabotagem do trem, todas elas rodadas em locações, a equipe do diretor David Lean terminou encontrando destroços da sabotagem verdadeira, realizada por T. E. Lawrence.






O terceiro e último épico aqui apresentado é "Doutor Jivago", produção de 1965, também dirigida por David Lean. O filme conta com a participação de Omar Shariff, Julie Christie, Alec Guiness e Geraldine Chaplin, filha do ator e diretor Charles Chaplin. A trilha sonora, mais uma vez, é assinada por Maurice Jarre, e, como a trilha do filme anterior, entrou para a história pela sua originalidade e entrelaçamento com a história e local em que se passam os acontecimentos.

A Revolução Russa de 1917 serve de cenário para a história de amor entre Yuri Jivago, um jovem médico aristocrata e Lara Antipova, uma enfermeira plebéia.

Lara é filha de uma costureira russa que, viúva, apenas consegue sustentar a casa em que ambas moram graças ao dinheiro que lhe é dado periodicamente por Victor Komarovsky, um importante e inescrupuloso expoente da sociedade local.

Apesar de Victor e a viúva manterem um relacionamento "secreto", o homem se encanta pela beleza da doce Lara, que contava com apenas 17 anos quando ambos se beijaram pela primeira vez na volta de uma festa.

Apesar da relação vexatória mantida entre Lara e Victor, Pascha Strelnikoff, jovem romântico e revolucionário, apaixona-se pela menina e começa a namorá-la.

Enquanto a relação de Lara e Victor mostra-se destrutiva (a mãe de Lara, ao descobrir o relacionamento, tenta se matar), o namoro de Pascha e a moça se mostra uma saída sensata para ela dessa confusão, pois o moço a pede em casamento e ela aceita.

Ao saber do pedido, Victor discute com Lara e a violenta, chamando-a em seguida de "vagabunda". Lara descontrola-se e invade uma festa de Natal na alta sociedade russa para tentar matar, sem sucesso, o ex-amante.

Jivago, que já havia visto Lara ao salvar sua mãe do suicídio, estava presente na festa com sua noiva, Tonya, e fica surpreso com a atitude e coragem da jovem. Apesar da impressão deixada, eles só se encontram anos mais tarde, ao serem voluntários (médico e enfermeira, respectivamente) na 1ª Guerra.

A esta altura, Jivago está casado e tem um filho com Tonya, enquanto Lara procura seu marido Pascha, que sumiu durante uma missão na Guerra. Por passarem seis meses juntos em uma situação tão adversa, a aproximação dos dois é inevitável.

Com o fim da Guerra, Jivago e Lara voltam para suas famílias e perdem o contato. Ao voltar para casa, Jivago se depara com a decadência da alta sociedade russa e decide fugir para o interior com sua esposa, filho e sogro.

Espero que tenham gostado da postagem e que esta os instigue a assistir esses filmes. Um abraço a todos!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário