quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Filmes de 70 [Parte I]

Olá! Dando continuidade às postagens relativas às produções cinematográficas, trago hoje uma seleção de filmes da década de 1970.


O primeiro deles é O Jardim dos Finzi-Contini (Il Giardino Dei Finzi Contini), produção teuto-italiana de 1970, dirigida pelo renomado cineasta Vittorio de Sica, baseado em romance homônimo de Giorgio Bassani.






Roma, segunda guerra mundial. Num ambiente de muita tensão política, uma rica família de judeus italianos reluta em deixar tudo para trás e fugir da perseguição nazista. A família, a partir de Nicole (Dominique Sanda), é o último símbolo de resistência usado contra as leis antijudaicas do regime fascista até que todos membros de sua família sejam presos. O filme conta com a participação, ainda, de Helmut Berger, interpretando o problemático e sentimental Alberto Finzi-Contini, irmão de Nicole, e Lino Capolicchio, no papel de Giorgio, rapaz judeu que frequenta a mansão e seus jardins, acabando por ter um caso com Nicole. Grande filme, obra prima do cineasta, indicado a 2 Oscars, vencendo na categoria de melhor filme estrangeiro.


O drama de um compositor e suas reflexões sobre a vida e a arte são o tema para Morte em Veneza (Morte a Venezia), filme francoitaliano de 1971, dirigido pelo também renomado cineasta Luchino Visconti. Um drama, com roteiro baseado em livro homônimo de Thomas Mann. Conta com a participação de Dirk Bogarde e Silvana Mangano, dois atores no auge de suas carreiras, à época, no cinema italiano, bem como Björn Andresen, no papel do adolescente Tadzio.




O compositor Gustave Aschenbach viaja à Veneza para repousar após um período de stress artístico e pessoal. Lá ele desenvolve uma atração perturbadora pela beleza efébica de Tadzio, um adolescente púbere em férias com a família, o qual é pertencente à nobreza polonesa. Grandiosa produção, adaptação genial às telas por parte do cineasta, indicada ao Oscar de melhor figurino (1972) e vencedora do Prêmio do 25º aniversário do Festival de Cannes (1971). Sem dúvida, imperdível.


Imagine três casais, reunidos em torno de uma mesa. Ali, tudo pode acontecer. é nesse argumento que se baseia O Discreto Charme da Burguesia (Le Charme Discret de la Bugeoisie), produção franco-ítalo-espanhola de 1972 dirigida pelo cineasta espanhol Luis Buñuel , com roteiro original de Jean-Claude Carrière.





Um grupo de amigos da classe média/alta francesa pretende juntar-se para mais um jantar de convívio, mas tudo lhes corre mal. Os convivas chegam um dia antes do combinado. Para remediar a situação, decidem-se por um restaurante, mas o corpo estendido na sala ao lado tira-lhes o apetite.
Segunda tentativa de reunião - Os convidados chegam mas os anfitriões não aparecem, estes saíram pela janela do quarto e fugiram apressadamente para fazer sexo nos jardins. Os convivas, ao saberem pela empregada que os patrões fugiram pela janela em direção ao jardim, desconfiam tratar-se de uma armadilha da polícia devido ao seu envolvimento no tráfico de drogas e correm porta fora.
Nova tentativa de jantar - Desta vez são as manobras militares dentro de casa a impedi-los de conviver com estilo e requinte.
Participam do filme a atriz Delphine Seyrig e o ator Jean-Pierre Cassel. Imperdível...


O Dia do Chacal (The Day of the Jackal) é um filme franco-britânico de 1973, do gênero suspense, dirigido por Fred Zinnemann, e com roteiro baseado em romance policial homônimo de Frederick Forsyth.
O romance é baseado em uma tentativa de fato de assassinar o presidente francês Charles de Gaulle, que aconteceu em 1963, por obra de Jean Bastien-Thiry. O carro onde estava De Gaulle chegou a ser metralhado. Thiry era um funcionário público francês insatisfeito em perder seu cargo na Argélia, em virtude da independência do país promovida por De Gaulle.
Há uma refilmagem datada de 1997, com o título The Jackal, com Bruce Willis no papel do assassino, e Sidney Poitier como o agente policial.




Ao descolonizar a Argélia, Charles de Gaulle provocou o descontentamento de parte da sociedade francesa e de oficiais de direita do exército francês. Uma organização clandestina conhecida como OAS, formada por antigos militares desertores, contrata um assassino profissional conhecido apenas como Chacal. Chacal tem sua identidade incógnita em virtude de ter trabalhado como assassino para vários serviços secretos (inclusive a CIA e o SIS) no pós-guerra. Ele começa por planejar a morte do famoso presidente francês para o dia 25 de Agosto de 1963 e, implacavelmente, vai eliminando tudo que possa interferir na sua missão. Cabe ao comissário de polícia Loyd tentar capturar Chacal antes que este consuma seu atentado.
Com Edward Fox e Delphine Seyrig no elenco, a produção foi indicada ao Oscar de 1974 na categoria de melhor produção. É a melhor entre as duas adaptações do romance de Forsyth, a mais fiel à história original. 


Trama Macabra (Family Plot) é uma produção americana de 1976, do gênero suspense, dirigida por Alfred Hitchcock. O roteiro foi baseado no livro "The Rainbird Pattern", de Victor Canning. Foi o último filme de Alfred Hitchcock.




A profissional e falsa médium Blanche (Barbara Harris) fica sabendo que uma cliente milionária está oferecendo uma bolada para quem conseguir encontrar seu sobrinho perdido e herdeiro, Edward. Ao colocar seu faro detetivesco em ação, Blanche, com ajuda de seu amante, um chofer de táxi, descobre o túmulo de Edward, que é falso, pois Edward forjou sua própria morte. Ao continuar na pista do herdeiro, o casal acaba se envolvendo numa trama de sequestros, roubo de jóias e assassinato. Um clássico de Hitchcook, misto de suspense, ação, drama e comédia. De fato, imperdível. Conta ainda com a participação de Karen Black, William Devane e Bruce Dern no elenco. Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro (1977), como melhor atriz (Barbara Harris). Vale a pena assisti-lo e (re)assisti-lo.

Espero que tenham gostado! (Aguardem a Parte II).... Abraços!!!

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